segunda-feira, novembro 27, 2006

Estômago e espírito alimentados

Tivemos um domingao muito bom, entre amigos. Almoçamos, com a Marli e os filhos, em um restaurante super bom de Terrassa, cidade pertinho de Barcelona. À noite, comemos fondue na casa da Vane e do Xavi. Em cada cumbuquinha, um assunto novo pra nos levar de papo até altas horas.

*

Ah, nada a ver: a cidade acendeu sua iluminaçao de Natal na sexta passada.

domingo, novembro 26, 2006

Galeria BCN (cont)


sábado, novembro 25, 2006

GALERIA BCN

Pra quem gosta de fotos no blog, taí o post ideal. Mas este nao é pra matar a saudade. Nem pra conhecer Barcelona e arredores. É pra ver o que a gente vê, com um olho que nem sempre é o do turista.
As fotos foram escolhidas na corrida, mas estao entre as melhores desta temporada aqui. A maioria é da Bia, que se acertou perfeitamente com a máquina digital. O anciao aqui ainda apanha um pouco, mas se arrisca às vezes.
Aproveitem.









sexta-feira, novembro 24, 2006

Vai e vem





Antes a gente táva aqui, e a gente gostava muito, por muitos motivos. A acomodaçao foi a melhor que encontramos até agora, o pessoal é gente finíssima, tinha um monte de regalias, uma barbada. E de favor, ou seja, sem custo. Mas desde que chegamos sabíamos que nao ficaríamos aqui. Nem teria cabimento.







Entao a gente foi pra cá. Viemos pq, em princípio, atendia a todas as nossas necessidades, o pessoal parecia tranquilo, tinha um PlayStation, essas coisas. Mas depois de um tempo percebemos que o único canto limpo era esse aí da foto, que nao era lá muito fácil aguentar algumas coisas, que tinha uns absurdos e tal. Até que passamos quatro dias sem luz por falta de pagamento. Aí foi a gota d`água. Começamos a procurar.






Até que encontramos este daqui. A localizaçao nao era lá essas coisas, tinha umas escadas, mas o preço era muito bom, e o pessoal parecia muito gente fina. Até demais. A ponto de dar medo. Mas ficou tudo numa boa. E com o tempo vimos que nao tinha porque ter medo. E o tempo passou. E aos poucos a gente percebeu que o pessoal nao era perfeito, tinha lá seus problemas. Mas continuou bom, entao ficamos. E foi bacana. Mas agora tá quase no final deste período.











Logo vamos pegar a estrada. E daí, nos dias em que estivermos em Barcelona, vamos voltar pra este daqui. E estamos contentes. Ruim é que quando estivermos aí, aí sim saberemos que faltam muitos poucos dias. Mas é assim, fazer o que?!?

Sanguinolento

É só visitar qualquer mercado público pra perceber que os espanhóis têm uns hábitos de consumo meio esquisitos. Pra nós brasileiros, obviamente. Mais especificamente, pra nós gaúchos. E os hábitos nem sao tao esquisitos frente a outros de outras partes do mundo...
Bom, antes que eu me contradiga totalmente, é curioso ver como eles valorizam o animal todo nos açougues. Os miúdos sao vendidos todos, desde as conhecidas tripas até cérebro, língua, sangue (processado e vendido em cubos), rim, tudo. E nao é só de vaca nao. De porco, coelho, ovelha. E a cabeça também vai inteira pro prato. E fica assim, exposta na vitrine, sem pele, te encarando, mostrando os dentes, convidando pra janta.


Balanço

Melhor nao fazer balanços da viagem a esta altura, tao antes do fim. Uma porque parece que logo vamos embora, o que tem um lado bom e outro ruim. O bom é que alimenta a imaginaçao, e eu começo a prever um monte de coisas que acontecerao aí e pelas quais eu ando bastante ansioso. O ruim é pensar que, assim que eu pisar no Salgado Filho, ou antes, eu vou começar a sentir falta de um outro monte de coisas que eu gosto de fazer aqui.
Mas voltando ao assunto. Fazer balanço agora é ruim porque como ainda temos metade do caminho pela frente, parece que nao fiz tudo ao que me propus quando cheguei. E isso frustra um pouco. Fico meio Arturo Bandini em tempo de vacas magras. Tá certo, dificilmente vou conseguir cumprir tudo o q gostaria, até porque mirei alto nessa viagem. Mas ainda tem tanta experiência por acontecer nestes próximos três meses... Sei lá, ando ansioso, e esse lance de marcar data pra volta balança a gente. Balança, balanço... fui

Evoluçao

Fico tao envolvida com assuntos cotidianos - estudar, providenciar viagens, lavar roupa, cozinhar, comprar passe de metrô - que normalmente nao tenho presente o quanto podem ser grandes as mudanças que estao acontecendo dentro da gente nessa temporada à espanhola. Sao tantos estímulos e experiências todos os dias que é só aparente a rotina que criamos aqui.
Tomara que estejamos mudando em direçao àquilo que queremos ser.

A gente volta!

Para os descrentes, uma notícia. Já temos até data de retorno ao Brasil: 8 de março. Difícil vai ser lidar com a realidade de que essa vida aqui terá acabado...

Meu modernista preferido


O Palau de la Música Catalana é uma dessas atraçoes turísticas que eu só escutei falar depois que chegamos aqui. Ontem finalmente o visitamos. É um lindo prédio modernista (dentre os muitos da cidade), de 1908, cheio de mosaicos em formato de flores, de mulheress tocando instrumentos e músicos famosos. A sala de concertos é iluminada por luz natural, que entra por janelas de vidro colorido e por um fantástico vitral que reproduz um coral de anjos.
Pena que nao é permitido fotografar nada do seu interior. Essa foto aí da fachada é minha. A do detalhe de mosaicos das colunas da sacada eu peguei no google.

Estranho no ninho

Esse negócio de dividir apartamento com estranhos é super natural aqui em Barcelona - cidade em que o absurdo preço dos imóveis está quase todos os dias nos jornais. Nao é só entre estudantes e estrangeiros, nao. Os locais também estao super habituados a compartilhar seu canto com outras pessoas. Na Barceloneta, por exemplo, que é um antigo bairro de pescadores que virou moda há alguns anos, já se compra ou aluga 1/4 de apartamento (!!!).

O problema é que isso tudo te expoe às manias de pessoas que tu nunca tinha visto na vida. E olha que algumas sao estranhíssimas, como servir Nescau (aqui se chama Nesquik) no aniversário de 29 anos, tomar banho de porta aberta, manter o tapetinho do banheiro sempre pendurado na banheira (nunca está no chao!) e falar ao telefone por hoooooooooooras seguidas.
Ah, e reclamar muito. Mas muito, muito mesmo.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Dá pra entender?

Esse último post me fez lembrar de umas pintas curiosas que temos como colegas de espanhol... Alguém consegue entender por que temos um uruguaio e pelo menos dois mexicanos na turma??

Tá rolando integraçao

Sábado curtimos um jantar italiano com nossos colegas do curso de espanhol. Sao esses aí. Da esquerda pra direita: Carlos (da Colômbia), o japonês Yu, o também colombiano José, Genia (da Sibéria!!!), a canadense Erika, Lucca (de onde será?), nós e a Marika (italiana e anfitria).
O Lucca e os colombianos nao sao da classe, esses últimos por motivos óbvios.

Dá pra ver na foto que tinha vinho, cerveja, refrigerante... um pouco de tudo. Mas foi a caipirinha do Mau que conquistou todo mundo, pra variar.

terça-feira, novembro 14, 2006

Vontade de lotar um contêiner

Me parece que quando alguém viaja à Europa faz isso muito motivado pela tradiçao do Velho Continente, pela vida cultural agitada das grandes cidades, pelo desejo de conhecer e aprender... Ao menos com a gente foi assim.
Mas quem já veio pra cá sabe que as tentaçoes consumistas nao sao poucas. Hoje, por exemplo, estivemos numa megastore de artigos para casa, o Ikea. Essa loja, sueca, oferece de tudo mesmo para montar um apê, dos móveis às frescurinhas todas. É de enlouquecer.
Tenho certeza de que lembrarei muito do Ikea na hora de montar casa. Pena que nao tenha filiais no Brasil.

domingo, novembro 12, 2006

Domingo é dia de bode

Nao sei se é pelo fato de ficarmos mais baixados, aproveitando pra descansar e estudar um pouco, ou se é por nao encontrarmos muita gente nas ruas aqui do bairro quando saímos pra dar uma volta. Ou se é só coincidência.
Mas domingo é dia de bode.
Tem sido assim nos últimos, pelo menos. Nao sei o que me bate. Ou melhor, eu sei, é saudade. Das pessoas (no topo da lista), do sol do brique, do bauru do Country, da passada no Zaffari pra comprar um vinho e um pacote de massa, do cinema no Bourbon...
Tento me apegar à idéia de que, daqui a pouquinho (passa depressa), sentirei falta nao do Zaffari, mas do Mercadona. Nao da Redençao, mas do Parc de la Ciutadella. E nao do bauru, mas do falafel do Maoz. Mesmo assim, fico de bode. O Mau é que (mal) me agüenta.

Amanha é segunda. Voltam as aulas, o mesmo ônibus de todas as manhas e as zilhoes de coisas que queremos fazer todos os dias aqui em Barcelona. Tenho certeza de que acordo melhor.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Programa diferente


Estivemos, um dia desses, na apresentacao de uma escola de circo de um bairro de periferia aqui de Barcelona, o Nou Barris. Muito tri! A gurizada sua de verdade pra apresentar um espetáculo legal. Desses circos modernos, sabe?, em que a lona e os palhaços dao lugar a números bem mais plásticos, em um teatro.
Curtimos bastante... De quebra, ainda rolou uma festa na comunidade depois.

A qualidade da foto nao é lá essas coisas.

Maravilhas da comunicaçao...




Ah, internet em casa... nem acredito! Pra comemorar, umas fotos da cidade de Figueres e do Teatro-Museu Salvador Dalí. Estivemos lá na última quarta-feira, feriado por aqui.

sábado, novembro 04, 2006

Bem diferente

A Barcelona que a gente conheceu há três meses já não é mais a mesma. Ou a nossa impressão dela é que tenha mudado. Ou talvez nós é que não sejamos mais os mesmos, não sei. De qualquer jeito, tem muita coisa diferente.
O clima passou de muito calor pra típico outono. Uns dias quentes, outros de usar manga comprida.
Com isso, a paisagem e os humores também estão diferentes. A cidade perdeu um pouco daquela atmosfera jovem. Com o final das férias, os nativos voltaram. E como bons europeus, formam uma maioria de velhos. Além disso, os jovens que estavam aqui curtindo a folga de verão voltaram para seus países. Isso não quer dizer que os turistas sumiram. As ruas ainda são uma impressionante Babel, composta por todos os idiomas possíveis. No entanto, os visitantes agora têm outro perfil. São comuns os grupos de terceira idade passeando pelas Ramblas. Ou seja: Barcelona envelheceu uns 30 anos em três meses.
Por fim, a cidade tá menos agressiva. Não mete mais medo. Já fala a nossa língua, ou a gente a dela, não sei. Aos poucos chegamos à metade da nossa estada aqui. Parece q foi ontem que a gente chegou. Nesse ritmo, acho que depois de amanhã vou ter de fazer as malas pra voltar.